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11/1/2021

Seminário da Abrafiltros mostra evolução dos sistemas de filtragem no setor automotivo



Evento reúne pesquisadores e executivos para compartilharem experiências e promover a profissionalização do setor.

Na parte da tarde do segundo dia do 1º Seminário Brasileiro de Filtros, o segmento abordado foi a filtração automotiva, Ricardo Simões de Abreu, consultor de mobilidade sustentável da UNICA e TCO da Bright Consulting, falou sobre “O papel da filtração nas futuras configurações dos veículos”. Durante a palestra, apontou as tendências da evolução da indústria automotiva em busca de fontes de enérgica sustentáveis, ou seja, com baixa emissão de carbono em todo o ciclo de vida do automóvel – da sua produção, ao consumo de combustível. De acordo com ele, toda a cadeia de fornecedores deve repensar suas soluções para contribuir com a redução de emissões.
O uso de combustíveis renováveis faz parte da meta da indústria automotiva em busca do carbono zero. “Os veículos com motor de combustão interna ainda serão a maioria da frota por muito tempo. A penetração de tecnologias alternativas como os veículos híbridos plug-in ou elétricos será gradual, mas os eletrificados não plug-ins são a evolução natural do mercado”, completa Abreu.
O veículo elétrico torna-se, portanto, o ponto de partida para a indústria de componentes projetar o seu futuro. Produtos devem ser pensados para adaptarem-se a eles, sem perder de vista a meta de redução de emissão de carbono. Para a indústria de filtros, um bom momento para o desenvolvimento de novas soluções. Esses modelos de automóveis oferecem um espaço maior para a instalação de equipamentos de filtragem, que garantem não só o ar puro na cabine como não contaminam o meio ambiente.
O uso de células de combustíveis é outra inovação da indústria automotiva que também exige inovações da indústria de filtros. Veículos e até aeronaves que adotam essa solução pedem material filtrante de ultrafiltragem para a purificação completa dos gases envolvidos no processo:  hidrogênio/oxigênio. 
Abreu ressalta que os novos veículos apresentados pelas montadoras são grandes consumidores de filtros. Além dos de cabine, são necessárias soluções para evitar que os sistemas de manutenção da bateria esquentem e outros produtos que permitam a limpeza dos fluidos. “As mudanças não podem ser vistas como ameaças pelo setor, mas sim como oportunidades de evolução”, conclui.

Evolução dos filtros de cabine

Ainda no tema inovação, Rodrigo Madeira, diretor executivo da Freudenberg Filtration Technologies apresentou aos participantes a evolução dos filtros de cabine de 1989 com o lançamento do primeiro filtro de partículas grossas e finas (PM 2,5), passando por 1996 com o carvão aditivado, que elimina também gases e odores, até 2016 com os filtros funcionais que eliminam e neutralizam vírus.
Formados por quatro camadas de proteção, os filtros funcionais são o que há de mais moderno em soluções de filtragem para as cabines de carros a combustão. Além das duas primeiras membranas para partículas grossas (PM 10) e finas (PM 2,5), o sistema conta com uma camada microbiológica, extrato de fruta (ácido cítrico) para neutralizar ou desativar os microrganismos. A solução que não é tóxica reduz significativamente o risco de contaminação de doenças virais, como a Covid-19. “Não podemos dizer que elimina 100%, pois depende do movimento de ar dentro do automóvel, mas reduz o risco em mais de 90%”, esclarece Madeira.
O executivo ainda mostrou um modelo do próximo passo na evolução dos filtros de cabine. Durante uma apresentação do Model-X, Elon Musk mostrou o filtro que equipa o modelo. Como o espaço para a instalação do equipamento é bem maior, o filtro é 10 vezes mais largo que os tradicionais, além de ter um adicional. Trata-se de um EAP de altíssima eficiência, capaz de eliminar todos os tipos de partículas, odores e microrganismo, oferecendo o máximo de proteção aos ocupantes do veículo.
Os filtros de cabine de equipamentos agrícolas e para mineração também estão evoluindo para oferecer o máximo de segurança aos ocupantes. No campo, já existem normas para a proteção da cabine. Os filtros devem eliminar poeira, partículas aerossol e vapores. Na mineração, há ainda uma solução para eliminação do carbono. O sistema de filtragem fica no teto do veículo e, testes têm demonstrado que é muito eficiente na eliminação do gás. Segundo o palestrante, a solução ainda não foi adotada nos carros de passeio por ocupar muito espaço e fazer ruídos.

Avanços do Programa de Descarte Consciente Abrafiltros 

Com o tema “Sustentabilidade na filtração”, Marco Antônio Simon - gestor de Projetos e Coord. Programa Descarte Consciente Abrafiltros, apresentou dados da evolução do programa, que faz a logística reversa e reciclagem dos filtros usados do óleo lubrificante há nove anos. Os números mais recentes mostram que mais de 23 milhões filtros já foram reciclados no programa que vem avançando para outros estados do país. Atualmente, a coleta abrange mensalmente 150 toneladas de filtros que são reciclados em 162 municípios nos estados de São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, totalizando 3.697 pontos de coleta. 
Reconhecido como modelo por órgãos governamentais por apresentar dispositivos que aprimoram a logística reversa, o programa, iniciado antes mesmo da assinatura do termo de compromisso para o cumprimento do Plano Nacional de Política de Resíduos Sólidos, é pioneiro no setor. “A Abrafiltros foi a primeira entidade a fazer um termo de compromisso no Mato Grosso do Sul. Recentemente, foi publicada uma lei no Maranhão que em breve será regulamentada, que é mais abrangente e cita os filtros automotivos. As anteriores ficam restritas ao filtro do óleo lubrificante automotivo. Neste sentido e de forma natural, a logística reversa tende a migrar para filtros automotivos em geral”, revelou o gestor.

Mesmo com toda a evolução da legislação que implica em sanções, envolvendo multas e a norma ISO 14000 ter como requisito a parte ambiental, Simon lembrou que ainda há empresas que não aderiram à logística reversa no setor de filtros como em outros itens. “Os estados de São Paulo e Paraná implementaram leis que condicionam o cumprimento da logística reversa à concessão ou renovação da licença de operação”, acrescentou.  Ele fez um alerta importante, destacando que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de filtros do óleo lubrificante automotivo têm obrigações no processo de logística reversa. “O descumprimento, de acordo com a lei 9.605, é qualificado como crime ambiental”, advertiu.

Todas essas mudanças que vem acontecendo na legislação vão impactar na sustentabilidade do setor e das próprias empresas e a Abrafiltros, com o programa, permite criar uma solução coletiva. Quando as empresas aderem ao programa passam a cumprir a lei e contam com o trabalho da entidade para a gestão e os contatos com os órgãos governamentais e também atendimento a todas as solicitações. Hoje, participam do programa 22 empresas que possuem todo o respaldo e estão em conformidade com a legislação.
Simon destacou a parceria com a Supply Service para fazer a coleta e tratamento dos materiais e explicou como é feito o processo de reciclagem do programa. O metal representa cerca de 38% dos resíduos e é encaminhado para as siderúrgicas. O óleo lubrificante usado contaminado (OLUC) representa 2% do volume e segue para o rerrefino. Os demais componentes – elementos filtrantes, vedações etc., dos resíduos, são enviados para coprocessamento em cimenteiras para geração energética, sendo as cinzas utilizadas na fabricação do cimento. Não há qualquer espécie de destinação para aterros, sendo todo o material reciclado.
Ele ressaltou que todo o processo tem custo elevado e não há reaproveitamento de resíduos e nem retorno financeiro para a cadeia de filtros, por isso o programa tem de ser arcado pelas empresas. Contudo, ao participar do programa da Abrafiltros, o investimento é muito menor do que a empresa fazer por conta própria. Mas isso pode mudar no futuro com o avanço da tecnologia, existindo a possibilidade de retorno financeiro para o setor.
Mesmo com exigências da legislação, Simon revelou que a reciclagem em geral no Brasil ainda tem muito para evoluir, uma vez que apenas 3% do que vai para o lixo recebe algum tipo de tratamento para reaproveitamento ou destinação adequada. 

Debate discute evolução dos filtros automotivos  

O debate, mediado por Paulo Nascimento, diretor da UFI Filters e vice-presidente setor automotivo Abrafiltros, encerrou o segundo dia do seminário que enfatizou a importância social do setor de filtros, ao apresentar tantas soluções que contribuem efetivamente para melhoria na saúde e qualidade de vida da sociedade. Em seguida, foram prestadas homenagens a importantes personagens do setor, que serão presenteados com uma placa comemorativa. Entre eles: João Moura, presidente da Abrafiltros, Helmut Zschieschang, Sócio Honorário da Abrafiltros e também a Abrafipa - Associação Brasileira das Empresas de Filtros, Purificadores, Bebedouros e Equipamentos para Tratamento de Água, entidade que tem importante papel na história da Abrafiltros.

Sobre a Abrafiltros:
Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água e efluentes – ETA e ETE, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.

Mais informações:
Verso Comunicação e Assessoria de Imprensa
www.versoassessoriadeimprensa.com.br
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